Havia certo grupo de soldados que foram separados, dentre os melhores, para guardar uma caixa velha do rei que estava viajando. E pela madrugada eles revezavam a guarda. Só que muitos dormiam, outros saíam a passeio, outros jogavam cartas, afinal era apenas uma velha caixa. Mas havia um soldado que na vigília da noite ficava de pé com os olhos bem abertos com uma arma em uma das mãos, e na outra um lampião; pronto para qualquer emergência. E todos zombavam dele, por dar importância a um objeto que para eles, era tão insignificante.
Numa certa noite, onde todos os soldados estavam envolvidos por uma big festa na grande cidade, lá estava o fiel soldado de sentinela. E quando menos esperava, ele foi surpreendido com a chegada do rei. E o rei ficou irado ao ver que só havia um soldado guardando o seu precioso tesouro e ordenou que aquele soldado leva-se até ele aquela caixa feia e velha. E assim ele o fez. E o rei mandou que ele abrisse. E o soldado assustado, abriu a caixa. E se surpreendeu com o que viu. Lá tinha um bilhete e uma caixa menor. E o rei ordenou que ele lê-se em voz alta o conteúdo do bilhete. E ainda um pouco gago, começou a ler. E assim dizia: hoje refletirá o rosto daquele que me foi fiel, e a ele nada faltará. Depois mandou que abrisse a outra caixa. E assim ele fez. E o rei mandou que o soldado olhasse para dentro da pequenina caixa e ver o que nela havia. E o soldado levantou os olhos e deu um suave sorriso. Quando os outros voltaram da festa, não viram o colega de guarda, e se desesperaram. Quando procuraram a caixa, não acharam. Só o que encontraram, foi uma caixa menor aberta e um pequeno espelho dentro. Dali em diante aonde o rei ia, lá estava o soldado, o seu fiel escudeiro.
SL 63.1 – Oh Deus; de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água.
Texto Renata Tricárico
Extraído do site: http://www.recantodasletras.com.br/mensagensreligiosas/1656479
